sábado, 9 de julho de 2011

Diário de pai: Vida nova para todo mundo!

Estava navegando pela net, mais precisamente no site da BabyCenter quando avistei esse texto. Quase chorei aqui, tão fofo! Creio que quem ler, irá gostar :)


Ufa! São 22h15 e finalmente meu dois soldados estão rendidos. O primeiro é um pré-adolescente de 2 anos. O outro, um bebezão sorridente de 8 meses. E eu, o pai-coruja-general, que passa o dia mais obedecendo do que dando ordens. Olho no relógio e fico aliviado. Mais um turno acabou.

Se tudo der certo, terei umas três ou quatro horas de vida adulta -- parece muito, mas acreditem em mim: é um malabarismo encaixar as leituras (inclusive a do jornal), a prostração em frente da televisão, a higiene pessoal e aquele sexo silencioso, cheio de cansaço e temperado com medo de uma interrupção involuntária.

Meus dois filhos foram muito esperados, mas não planejados. Minha mulher, Fabiana, e eu somos (ou éramos) aquele casal meio yuppie-carreirista, que trabalha bastante, mas também curte bastante a liberdade da vida sem pequerruchos...

Quando ficamos grávidos, muita gente dizia "a vida muda depois dos filhos". Não concordo. Acho que a vida acaba e começa outra, melhor em muitos pontos, mas mais complicada em alguns. De repente nos vimos tendo que organizar planos logísticos mirabolantes para ir ao cinema muito de vez em quando e trocar chefs famosos pelo delivery de comida chinesa.

Sou um pai participativo. Não consegui parir os moleques nem amamentá-los, mas o resto, faço tudo. Acompanhei todas as consultas do pré-natal e quase todas as idas ao pediatra (mais muitos cheques) e ao pronto-socorro (relaxa, criança fica doente semana sim semana não).

O parto

Que ansiedade! Enquanto os 8 meses da gravidez passam rápido, o último leva uma eternidade. Enfim, chega o grande dia. Tudo acontece muito rápido e carregado de um turbilhão de emoções.

A mulher sofrendo de dor, as malas (inclusive a do pai, afinal nós também ficaremos alguns dias fora de casa), o trânsito para a maternidade e lá, uma série de burocracias para serem resolvidas, uma mulher em prantos e eu com um misto de ansiedade, medo e impotência. O que fazer? O que dizer? Como confortar a futura mãe? Chamo o médico mais uma vez? Vou desmaiar quando vir o sangue? Vou saber pegar o bebê?

Num dado momento me tiram de cena. Vou para o vestiário dos médicos onde me troco e espero intermináveis 20 minutos para entrar na sala de parto. Chegando lá uma multidão de médicos, assistentes, enfermeiras. A expectativa acelera meu coração, faz a boca secar. Quando menos espero, ouço aquele choro agudo seguido de uma movimentação.

Corta aqui, limpa ali, leva pra lá. É uma avalanche de sentimentos. Minhas lágrimas escorrem, a garganta ganha um nó, o corpo treme, o sorriso vai de orelha a orelha. Fizemos uma pessoa. Nasceu um pai!


Escrito para o BabyCenter Brasil
Por Luciano Pracidelle

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